segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Não és tu, sou eu. Não sou eu, és tu.

"Desculpa"
"Não, a culpa é minha"
---
"Quem te mandou fazeres aquilo que fizeste?!"
"Desculpa, devia ter agido de outra forma"
---
Para nós há sempre um culpado para tudo. Essas razões para mim são me desconhecidas.

Ontem estava prestes a deprimir de novo, como sempre tenho feito em toda a minha vida, a pensar naquilo que estava a perder ao aumentar cada vez mais as defesas do meu castelo sem deixar que ninguém entrasse.
Isto porque alguém que já vive dentro dessas paredes discordou daquilo que disse. Não foi uma simples discórdia, foi daquelas mesmo fortes em que a realidade de um é a utopia do outro. Isso irritou-me, irritou-me porque como rei, eu dito as regras, e se discordas dessa maneira daquilo que eu digo, então serás expulso deste castelo.
Expulsei-o sem grandes conversas, sem se quer desembainhar a minha espada, para que ele também não desembainhasse a sua. "Guardas! Acompanhem este senhor para fora das minhas muralhas".
Mas hoje houve imenso silêncio no meu castelo, não houve visitantes. Porquê? Por causa de uma pequena discórdia.
Quero o meu vassalo de volta.

Não foi apenas a tua inflexibilidade, foi a minha também.

Sem comentários:

Enviar um comentário